Senhor, eu Te dou graças pelas minhas aflições, pois só assim eu voltei para Ti.

sábado, 26 de maio de 2012

NO OCASO DA VIDA

Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras.João 21:18 Esta advertência é de Jesus, em diálogo com Pedro, após a sua ressureição, onde ele pede para o discípulo cuide de suas ovelhas. No entanto as palavras de Jesus são comoventes quando se refere a velhice. O ocaso da vida nem sempre é tratado como um momento especial na vida do ser humano. Aquele, que durante a sua vida inteira, trabalhou para cuidar de sua família, nem sempre tem desta o reconhecimento. E, muitas vezes o idoso é abandonado à sua própria sorte, num momento da vida que já não pode cuidar nem de si mesmo. E, muitas vezes ainda cuida de filhos que mesmo adultos ainda não se tornaram independentes e dos netos como se filhos fossem. E isto se tornou muito natural nos dias de hoje. Os idosos recebem seus proventos, geralmente de aposentadorias, precisam comprar seus remédios, que são basicamente a sua vida e ainda precisam cuidar de uma, duas, ou mais familias. E eles assumem passivamente estas responsabilidades com o mesmo espírito de proteção que sempre teve. Cobra-se, muitas vezes quando lhe falta para dar aos seus.E é feliz por causa de um pequeno detalhe, que ninguém percebe. A companhia dos filhos e dos netos, o burburinho da casa, agitada e sempre cheia de gente. É isto que lhes dá vida para continuar. É preferível repartir e ter a companhia de todos, como se ainda fossem pequenos, do que estar muitas vezes num abrigo ou uma casa para idosos sendo cuidado por mãos desconhecidas e tendo afetos anônimos.
Viver é uma grande responsabilidade. Primeiro porque quando jovem achamos tão distante a velhice que nem ao menos nos cuidamos para chegar ao ocaso da vida. Depois, não cuidamos afetivamente dos familiares mais próximos como pai e mãe. Depois nos esquecemos que afeto, amor é cultural e precisa ser passado de pai para filho. Se não demonstramos amor para com os nossos filhos eles, na nossa velhice, terão no máximo, respeito por nós. Porém quando se chega a velhice todo ser humano deseja muito mais do que isso. Deseja carinho, atenção, cuidado e sobretudo amor. E se não há pelo menos um desses itens a vida se torna insuportável.
Chegar uma situação de "outro lhe vestir e levá-lo poara onde não quer ir" é muito triste. Porque a vida é de tal forma efêmera que chega-se a um período que os dias vividos são em número tão maior que os dias futuros que não se espera mais nada. A mente, tantas vezes boa e segura, não percebe que o tempo passou e tão rápido, uma vez que as lembranças da infância ainda são tênues.
Depois. é muito difícil percorrer o caminho incólume, sem nenhuma doença, sem precisar permanentemente tomar algum medicamento para se manter vivo. Gasta-se mais com remédios que com a alimentação. Nada pior do que ver um idoso estar cansado de sua própria vida. Isto significa que nada mais o prende ao mundo. Porque afinal o que nos prende ao mundo é o amor e a felicidade. Estamios aqui para viver abundamente. Isto que dizer que todo o ser humano tem direito a ser feliz. E esta felicidade, no ocaso da vida, muitas vezes, depende da simples atenção de um filho. Mas este se sente ocupado demais para perceber que seu pai ou sua mã precisam apenas vê-lo de vez em quando, mesmo não lhe causando transtorno algum.
É muito triste quando o tempo passa e eles(os pais) se vão o remorso que dá lembrar que nunca sequer abraçou nem beijou seus pais e lhe disse o quanto os amava. E mais ainda, perceber que não levou essa mesma prática aos seus filhos e eles repetem o mesmo erro. É uma lei da vida. Ninguém dá aquilo que não tem.
Que estas palavras também de um velho possam ajudar a corrijir ações dessa natureza e proporcionar uma vida melhor ao seu estimado pai, mãe ou qualquer outra pessoa querida.

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