Senhor, eu Te dou graças pelas minhas aflições, pois só assim eu voltei para Ti.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

SALMO 43 VERSÍCULO 5

Por que está abatida ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim? Espero em Deus pois ainda o louvarei a ele que é o meu socorro e o meu Deus!

QUANDO ESTAMOS AFLITOS

Quando estamos aflitos nada encontramos que preencha o vazio de nossa alma. Só mesmo Deus é que podemos recorrer na sua misericórdia. O pecado não nos edifica na aflição. Não há razão material para justificar o sofrimento quando não estamos em comunhão com Deus. Quando perdemos esta comunhão é como se perdêssemos a mão que nos sustenta o tempo todo, enquanto atravessamos os perigos. Estamos realmente só, com a nossa mente a nos acusar e o nosso corpo a definhar de angustia. Muito pior do que a morte é o sofrimento do espírito. Muito pior do que a morte é perder a comunhão com Deus. Muito pior do que a morte é perder a esperança. Por isso que Jesus nos diz: Vem a mim os que sofrem e eu os consolarei. E é exatamente isso que queremos. Alguém em que confiamos que nos console, que nos diga palavra de conforme para as nossas dores. E só Jesus tem essa palavra. Só ele tem essa misericórdia de escutar o pecador e ouvir a sua aflição. Por isso, que sua palavra de conforto parece nos erguer do abismo e nos dar outra vida. É o que mais espero neste momento. É que eu peço, rogo e imploro a meu Bom Deus em nome de seu filho amado Jesus Cristo. Amém.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Prece angustiada

Aonde chega a minha angústia ó Pai? Somente tu o sabes. Somente tu tens ideia do meu sofrimento. O que posso esperar? Mereço tua misericórdia? Mereço tua fidelidade? Estive ausente de ti e me perdi. Não sei o que sou agora. Sei que estou preste a cair num abismo e nada posso fazer. Dá-me a tua mão ou Deus Infinito para que possa segurar mais uma vez. Dá-me a tua proteção e atua confiança. Dá-me coragem. Coragem para enfrentar nem sei o que. Mas estou desesperado ó Pai. Dá-me mais uma chance de me reconciliar contigo. Não me deixes cair num abismo. Socorre-me. Mostra-me o teu rosto piedoso apenas uma vez. Dá a luz que preciso para seguir este caminho. Estou a deriva. Estou nas tuas mãos a procura do único amparo para mim. Protege-me pela última vez. Eu te peço proteção para nunca mais sair de perto de ti. Nunca mais me deixar ausentar pela falta de tua presença em minha vida. Dá-me coragem para enfrentar a vida. Dá-me coragem para viver. Eu não sou digno de nada te pedir, mas invoco o teu nome na minha aflição e deixo expresso o meu testemunho de angústia. Dá-me paz para que eu possa novamente viver ao teu lado e nunca mais me separar de ti. Eu te imploro Senhor. É o que te peço e desde já te agradeço em nome de Jesus o teu filho mais amado. amém.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

HISTORIA DO POVO DE DEUS -2

É muito importante para o leitor, situar a presença de Abraâo nas terras de Canaã, antes mesmo de prosseguir a com esta história. 1770 a.C. a, provavelmente, 1550 a.C . esta epopeia envolvendo o patriarca, seu filho e seus netos Jacó e Esaú teriam acontecido. Cidades como Jericó, Arad e Meguido já eram conhecidas. A primeira delas, talvez a mais antiga do mundo.
Aos noventa e nove anos Deus renova sua aliança com Abrão. Promete-lhe, mais uma vez, um filho seu e de Saraí, sua mulher, a essa altura com mais de oitenta anos. Em momento algum o patriarca duvidou da promessa, mais ainda, quando a renovação desta aliança vem acompanhada de ordem para circuncidar todos de sua tribo e daí por diante a partir do oitavo dia de nascido.(1) Este seria o marco de sua aliança. É quando Deus muda o nome de Abrão para Abraão – o pai de muitas nações, assim como Saraí para Sara – com igual significado. E ainda completa dando o nome de Isaque ao futuro filho de Abrão.
Devemos analisar que entre sair de Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia até aquela data, já havia passado 20 anos. Ainda assim, não foi logo após aquele dia em Deus promete-lhe, novamente,  um descendente varão que Sara fica grávida. Só algum tempo depois estando Abraão sentado na porta de sua tenda, junto ao grande carvalho em Manre é que esta promessa se cumpre. É a presença de três visitantes desconhecidos que o inquieta, no seu costume de receber bem em sua casa. Apressa-se a mandar buscar água para lavar os pés dos três jovens e dá ordem aos empregados para matar um bezerro e cozinhar pães para servir.  Nesse ínterim um deles pergunta pela dona da casa. Sara estava lá dentro fazendo os pães. É quando o jovem revela que no próximo ano ela seria mãe, o que a faz cair na gargalhada. Como podia uma velha como ela ainda ter um filho? Mais tarde quando vai servir o jovem, este lhe pergunta o porquê da risada. Ela se envergonha e diz que não riu e ao mesmo tempo desabafa: - pode uma velha como eu ainda dar luz a um filho? E novamente o jovem retruca: - Alguma coisa seria difícil para Deus?
É, talvez por esse motivo que Abraão seguia em seus pensamentos levando Isaque, o filho daquela promessa para o monte Moriá. Não conseguia entender o Deus que seguia,  confiava e que o fizera sair de sua terra prometendo-lhe uma descendência abundante como a areia da terra. Aquele seu Deus, desconhecido de tantos povos estava agora lhe pedindo para ir sacrificar o seu filho em tão tenra idade. Não teve coragem de dizer a Sara, não contou enfim a ninguém e até mesmo o pequeno Isaque caminhava inocente de toda aquela loucura. Mas Abraão sabia que se tratava do mesmo Deus. Não era outra voz, era o mesmo Deus que o havia levado até ali. Por isso ao sopé do monte deixa os empregados com os animais e sobe com o filho. Não há nenhuma palavra em seus lábios. O menino o segue até que mais adiante percebe que o pai iria realizar um sacrifício ao seu Deus. Mas onde estaria o cordeiro? Não havia nenhum cordeiro. O menino também acha estranho e pergunta: - Pai onde está o animal para o sacrifício? – E Abraão responde pacientemente: - Deus o proverá. – Mas, a verdade é que não queria dizer ao menino que ele é que seria sacrificado.  Desta forma, no mesmo clima de silêncio amarra as mãos e os pés do garoto e o coloca sobre a o altar de pedra. As lágrimas, certamente caem-lhe pela face. Não tem escolha. Aquele era o seu Deus em que confiava. E não pensa mais nada, tira a faca da bainha e ergue a mão para o céu. É quando ouve aquela mesma voz que lhe ordena parar. O velho estremece e se dobra ao chão. Depois, desamarra o filho e olha ao seu redor. É quando vê um carneiro com os chifres enganchados num arbusto. Assim ele realiza o seu sacrifício.
A Bíblia revela que Deus disse a Abraão: Agora sei da tua fidelidade, tu sacrificarias o teu único filho.  Mas a realidade é que Deus Onisciente sempre soube do coração de Abraão. Abraão, este sim não sabia de si mesmo e se seria capaz de matar o seu próprio filho por amor ao seu Deus. Por isso ainda hoje temos este patriarca como “O Pai da Fé”.  Porque ninguém foi capaz de provar sua fé tão de perto. Deus poupa o filho de Abraão mais não o seu próprio unigênito Jesus que segue para o sacrifício por todos nós.
A História de Abraão e de sua fé inquebrantável no monoteísmo que lhe foi revelado pelo próprio Criador é a própria História de fé três religiões: Judaísmo, Islamismo e Cristianismo. Isto é que não podemos nos esquecer. Afinal por que as diferenças se somos da mesma raiz?
(1)Devemos relatar que, independentemente, do relato bíblico, a prática da circuncisão era comum entre alguns povos semitas há, pelo

HISTORIA DO POVO DE DEUS - 1

Muita gente que hoje vê o clima de animosidade entre judeus e mulçumanos, sequer imagina que uma única raiz compõe as duas etnias. A terra, prometida ao patriarca de ambas as nações é a mesma ainda em litígio.  O relato bíblico da imigração do povo aramaico liderado por Abrão é o mesmo contado nos livros de História. E o cristianismo que viria, cerca de 5000 anos depois era tema das principais profecias do Antigo Testamento. Este seria o terceiro povo da mesma origem.
               O Deus, ou o Ser superior para todas as religiões, independentemente, é revelado a Abrão de forma diferente.  É o Deus invisível e único que, mesmo diante de tantos deuses, que se apresentava na Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque, feitos de madeira ou argila, nunca falaram aos seus ouvidos.  Aquele, ao contrário teimava em aconselhá-lo a sair do seio de sua família e ir para a terra que lhe indicaria, prometendo-lhe fartura, dizendo que era terra que “emanava leite e mel”.  Imaginar um homem no declinar da idade, deixar-se levar por uma aparente alucinação  e resolver sair com sua mulher e seus empregados, pois não tinha filhos, de uma terra fértil entre os Rios Tigre e Eufrates, onde criava suas ovelhas. Mas aquela voz prometia-lhe um filho, de sua mulher estéril e setentona e uma “descendência igual a areia da terra”.
A História confirma o oriente médio, precisamente, na região onde hoje se situa o Iraque o início da civilização, antes mesmo do Egito.  E quando nos referimos a civilização nos fundamentamos no crescimento intelectual, na forma de vida, na ordem política, social e religiosa. Sabemos que as mais antigas leis, como o Código de Hamurabi, remonta daquela civilização mesopotâmica.  Isto é civilização, não importa que um crânio humano tenha sido achado aqui ou a alhures. A ideia de civilização é a de uma organização social.
Não é à toa que Abrão é chamado de “O Pai da Fé”. Esta fé se manifesta no exato momento em que atravessa o deserto em direção a “Terra Prometida”.  Com ele um sobrinho de nome Ló e um fiel servo, natural de Damasco, chamado Eliezer. Saraí sua mulher, certamente e por tantas vezes teve dúvida das crenças do marido, mas o acompanhou.
Se alguém imagina que quando Abrão chegou à terra de Canaã (lugar onde hoje é a palestina, toda a faixa litorânea onde se situa Jerusalém) encontrou piquetes de separação de Lotes com seu nome escrito e uma escritura pública, está  enganado.  Aquela terra tinha dono. Era dos Cananeus um povo de cultura, língua, costumes e religião, totalmente diferentes, que não conhecia o Deus de Abrão. É preciso entender qual era o plano de Deus para com aquele povo que ele convidava para ocupar aquela área já povoada, que viria a ser no futuro, dividida entre as 12 tribos advindas de um neto deste homem.
Quantas vezes Abrão amargou a dúvida ao perguntar: - Senhor o que queres de mim? Que descendência é esta que tu me ofereces se estou velho e meu único herdeiro é o meu serviço Eliezer?  E Saraí, que preocupada com a espera do marido toma a sua ama e entrega ao marido para gerar o seu herdeiro.  A decisão da mulher de Abrão deu-lhe descendência através do filho Ismael, da escrava egípcia Hagar. Eis a origem do povo árabe, que não conheceu o Deus de Abrão e veio a se tornar mais tarde (em 700 d.C) o povo mulçumano, liderado pelo profeta Maomé.  Este é apenas o começo da História.