Senhor, eu Te dou graças pelas minhas aflições, pois só assim eu voltei para Ti.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

HISTORIA DO POVO DE DEUS - 1

Muita gente que hoje vê o clima de animosidade entre judeus e mulçumanos, sequer imagina que uma única raiz compõe as duas etnias. A terra, prometida ao patriarca de ambas as nações é a mesma ainda em litígio.  O relato bíblico da imigração do povo aramaico liderado por Abrão é o mesmo contado nos livros de História. E o cristianismo que viria, cerca de 5000 anos depois era tema das principais profecias do Antigo Testamento. Este seria o terceiro povo da mesma origem.
               O Deus, ou o Ser superior para todas as religiões, independentemente, é revelado a Abrão de forma diferente.  É o Deus invisível e único que, mesmo diante de tantos deuses, que se apresentava na Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque, feitos de madeira ou argila, nunca falaram aos seus ouvidos.  Aquele, ao contrário teimava em aconselhá-lo a sair do seio de sua família e ir para a terra que lhe indicaria, prometendo-lhe fartura, dizendo que era terra que “emanava leite e mel”.  Imaginar um homem no declinar da idade, deixar-se levar por uma aparente alucinação  e resolver sair com sua mulher e seus empregados, pois não tinha filhos, de uma terra fértil entre os Rios Tigre e Eufrates, onde criava suas ovelhas. Mas aquela voz prometia-lhe um filho, de sua mulher estéril e setentona e uma “descendência igual a areia da terra”.
A História confirma o oriente médio, precisamente, na região onde hoje se situa o Iraque o início da civilização, antes mesmo do Egito.  E quando nos referimos a civilização nos fundamentamos no crescimento intelectual, na forma de vida, na ordem política, social e religiosa. Sabemos que as mais antigas leis, como o Código de Hamurabi, remonta daquela civilização mesopotâmica.  Isto é civilização, não importa que um crânio humano tenha sido achado aqui ou a alhures. A ideia de civilização é a de uma organização social.
Não é à toa que Abrão é chamado de “O Pai da Fé”. Esta fé se manifesta no exato momento em que atravessa o deserto em direção a “Terra Prometida”.  Com ele um sobrinho de nome Ló e um fiel servo, natural de Damasco, chamado Eliezer. Saraí sua mulher, certamente e por tantas vezes teve dúvida das crenças do marido, mas o acompanhou.
Se alguém imagina que quando Abrão chegou à terra de Canaã (lugar onde hoje é a palestina, toda a faixa litorânea onde se situa Jerusalém) encontrou piquetes de separação de Lotes com seu nome escrito e uma escritura pública, está  enganado.  Aquela terra tinha dono. Era dos Cananeus um povo de cultura, língua, costumes e religião, totalmente diferentes, que não conhecia o Deus de Abrão. É preciso entender qual era o plano de Deus para com aquele povo que ele convidava para ocupar aquela área já povoada, que viria a ser no futuro, dividida entre as 12 tribos advindas de um neto deste homem.
Quantas vezes Abrão amargou a dúvida ao perguntar: - Senhor o que queres de mim? Que descendência é esta que tu me ofereces se estou velho e meu único herdeiro é o meu serviço Eliezer?  E Saraí, que preocupada com a espera do marido toma a sua ama e entrega ao marido para gerar o seu herdeiro.  A decisão da mulher de Abrão deu-lhe descendência através do filho Ismael, da escrava egípcia Hagar. Eis a origem do povo árabe, que não conheceu o Deus de Abrão e veio a se tornar mais tarde (em 700 d.C) o povo mulçumano, liderado pelo profeta Maomé.  Este é apenas o começo da História.   

 

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