Senhor, eu Te dou graças pelas minhas aflições, pois só assim eu voltei para Ti.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

HISTORIA DO POVO DE DEUS -2

É muito importante para o leitor, situar a presença de Abraâo nas terras de Canaã, antes mesmo de prosseguir a com esta história. 1770 a.C. a, provavelmente, 1550 a.C . esta epopeia envolvendo o patriarca, seu filho e seus netos Jacó e Esaú teriam acontecido. Cidades como Jericó, Arad e Meguido já eram conhecidas. A primeira delas, talvez a mais antiga do mundo.
Aos noventa e nove anos Deus renova sua aliança com Abrão. Promete-lhe, mais uma vez, um filho seu e de Saraí, sua mulher, a essa altura com mais de oitenta anos. Em momento algum o patriarca duvidou da promessa, mais ainda, quando a renovação desta aliança vem acompanhada de ordem para circuncidar todos de sua tribo e daí por diante a partir do oitavo dia de nascido.(1) Este seria o marco de sua aliança. É quando Deus muda o nome de Abrão para Abraão – o pai de muitas nações, assim como Saraí para Sara – com igual significado. E ainda completa dando o nome de Isaque ao futuro filho de Abrão.
Devemos analisar que entre sair de Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia até aquela data, já havia passado 20 anos. Ainda assim, não foi logo após aquele dia em Deus promete-lhe, novamente,  um descendente varão que Sara fica grávida. Só algum tempo depois estando Abraão sentado na porta de sua tenda, junto ao grande carvalho em Manre é que esta promessa se cumpre. É a presença de três visitantes desconhecidos que o inquieta, no seu costume de receber bem em sua casa. Apressa-se a mandar buscar água para lavar os pés dos três jovens e dá ordem aos empregados para matar um bezerro e cozinhar pães para servir.  Nesse ínterim um deles pergunta pela dona da casa. Sara estava lá dentro fazendo os pães. É quando o jovem revela que no próximo ano ela seria mãe, o que a faz cair na gargalhada. Como podia uma velha como ela ainda ter um filho? Mais tarde quando vai servir o jovem, este lhe pergunta o porquê da risada. Ela se envergonha e diz que não riu e ao mesmo tempo desabafa: - pode uma velha como eu ainda dar luz a um filho? E novamente o jovem retruca: - Alguma coisa seria difícil para Deus?
É, talvez por esse motivo que Abraão seguia em seus pensamentos levando Isaque, o filho daquela promessa para o monte Moriá. Não conseguia entender o Deus que seguia,  confiava e que o fizera sair de sua terra prometendo-lhe uma descendência abundante como a areia da terra. Aquele seu Deus, desconhecido de tantos povos estava agora lhe pedindo para ir sacrificar o seu filho em tão tenra idade. Não teve coragem de dizer a Sara, não contou enfim a ninguém e até mesmo o pequeno Isaque caminhava inocente de toda aquela loucura. Mas Abraão sabia que se tratava do mesmo Deus. Não era outra voz, era o mesmo Deus que o havia levado até ali. Por isso ao sopé do monte deixa os empregados com os animais e sobe com o filho. Não há nenhuma palavra em seus lábios. O menino o segue até que mais adiante percebe que o pai iria realizar um sacrifício ao seu Deus. Mas onde estaria o cordeiro? Não havia nenhum cordeiro. O menino também acha estranho e pergunta: - Pai onde está o animal para o sacrifício? – E Abraão responde pacientemente: - Deus o proverá. – Mas, a verdade é que não queria dizer ao menino que ele é que seria sacrificado.  Desta forma, no mesmo clima de silêncio amarra as mãos e os pés do garoto e o coloca sobre a o altar de pedra. As lágrimas, certamente caem-lhe pela face. Não tem escolha. Aquele era o seu Deus em que confiava. E não pensa mais nada, tira a faca da bainha e ergue a mão para o céu. É quando ouve aquela mesma voz que lhe ordena parar. O velho estremece e se dobra ao chão. Depois, desamarra o filho e olha ao seu redor. É quando vê um carneiro com os chifres enganchados num arbusto. Assim ele realiza o seu sacrifício.
A Bíblia revela que Deus disse a Abraão: Agora sei da tua fidelidade, tu sacrificarias o teu único filho.  Mas a realidade é que Deus Onisciente sempre soube do coração de Abraão. Abraão, este sim não sabia de si mesmo e se seria capaz de matar o seu próprio filho por amor ao seu Deus. Por isso ainda hoje temos este patriarca como “O Pai da Fé”.  Porque ninguém foi capaz de provar sua fé tão de perto. Deus poupa o filho de Abraão mais não o seu próprio unigênito Jesus que segue para o sacrifício por todos nós.
A História de Abraão e de sua fé inquebrantável no monoteísmo que lhe foi revelado pelo próprio Criador é a própria História de fé três religiões: Judaísmo, Islamismo e Cristianismo. Isto é que não podemos nos esquecer. Afinal por que as diferenças se somos da mesma raiz?
(1)Devemos relatar que, independentemente, do relato bíblico, a prática da circuncisão era comum entre alguns povos semitas há, pelo

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