FICO A IMAGINAR ABRAÃO - 2

Não acredito que Deus quisesse por Abrão a prova, quando lhe pediu Isaque em sacrifício. Deus é sabedor de todas as coisas e sabia perfeitamente que Abrão não recusaria um pedido seu, mesmo que fosse algo tão torpe, como matar o seu próprio filho. Mas, será que o próprio Abraão sabia disso? Será que ele próprio tinha certeza de que iria cumprir as ordens de Deus? Se há uma prova é de Abrão com ele mesmo, não de Deus. Se a fé deste patriarca foi testada, Deus apenas lhe ofereceu a condição para que fizesse prova consigo mesmo. É como imaginar a reação de cada um diante de uma circunstância. Há pessoas que quando enfrentam um ladrão reagem e outras ficam paralisadas. E, depois do caso passado não sabem explicar a sua reação. Será que Salomão imaginava que no momento em que as duas mães são confrontadas a verdadeira mãe rejeitaria o próprio filho para não vê-lo morto? Na realidade há decisões em nossa vida que tomamos apenas pela fé que, na maioria das vezes, está muito distante da razão. Agostinho dizia: “Eu preciso ter fé para poder compreender.” É que as coisas de Deus não são reveladas de forma científica, onde há sempre o objeto da prova. Não há nesse mundo quem não reconheça que por mais que a ciência avance, há uma linha tênue sobre os mistérios do universo. E quando, muitas vezes a ciência explica, esta explicação é tão hermética que só é reservada a alguns, que mesmo assim, passam muitas vezes, o resto da vida tentando derrubar aquela teoria.
mais que cada um tente, com o maior ceticismo possível, imaginar outra forma de contar a História de Abrão sob o aspecto semântico da Ciência, o contexto faz parte da vida religiosa de três povos: judeus, mulçumanos e cristãos. Depois, não há historiador que rejeite a existência de Abraão. O patriarca semita faz parte de toda a movimentação do povo mesopotâmico entre a região da palestina até o Egito. E que este povo veio se tornar o Povo de Israel.