Senhor, eu Te dou graças pelas minhas aflições, pois só assim eu voltei para Ti.

sexta-feira, 23 de março de 2012

PAI, POR QUE ME ABANDONASTE?

Estas são as palavras do próprio Cristo, já pregado na Cruz. “E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15:34 ) É uma pergunta que sempre fazemos a nós mesmos: por que Jesus se sentiu desamparado? Por dois momentos vamos ver Jesus recuar de seu sofrimento e pedir ajuda a Deus Pai. A primeira no Jardim das Oliveiras, onde ele exclama: afasta de mim este cálice. “E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.” (Marcos 14:36 ) E a segunda quando pregado na cruz exclama: por que me abandonaste. É muito importante observar que o texto não coloca Jesus como um herói, nem mártir, capaz de deixar palavras de coragem a posteridade. Mostra, ao contrário, um homem assustado, com seu destino e mais ainda com o desfecho deste: a dor e a morte com tanto sofrimento. Este é o homem Jesus Cristo. É o ser humano, o filho que Deus ofereceu ao mundo para que todo aquele que nele crer não morra mas, viva e viva abundamente.
A dor, o sofrimento, destroi e humilha o ser humano e o conduz ao estado de solidão e desamparo, mesmo na presença dos seus parentes mais próximos, o sofrimento pessoal é intransferível. Por mais que um pai ou uma mãe sofra pela dor de seu filho. A dor e o sofrimento pertencem a ele e não pode ser transferido. Quantas vezes chegamos a dizer eu queria estar no lugar de meu filho? Mas não podemos! O sofrimento é intransferível. O que se reparte é o sentimento. Jesus da mesma forma não tinha com quem repartir este sofrimento. Recorrer ao Deus Pai é saber a sua origem. É ter a certeza de que sómente o seu corpo pertence a terra e ao sofrimento e que o seu Espírito é de Deus. Embora Jesus soubesse que aquele era o propósito de Deus, para com Ele, perante a humanidade, ali naquela cruz Era apenas um homem condenado.
É na verdade a certeza da ressureição, que nos anima a pensar que na vida terrena tudo é passageiro, inclusiv’e a dor e o sofrimento. A certeza de vencer com Cristo Ressureto é reconhecer que somos humanos, como Cristo o foi e que podemos sempre renascer neste mesmo Cristo como Espirito.
É preciso crer que na nossa própria capacidade de reencontrar Deus a cada momento em que nos sentimos desamparados. É preciso entender que assim como Cristo pregado na cruz, não nos devemos envergonhar também de dizer: Pai por que me desemparaste? Reconhecer este desamparo é reconhecer que a nossa vida terrena não nos pertence. É perceber que é no sofrimento e no desamparo de Cristo que somos mais do que vencedores. Porque afinal ele venceu a morte. E não se vence a morte pela carne, mas pelo Espirto Santo de Deus.
Enfim chegamos a conclusão de que por maior que sejam as nossas tribulações terrenas, o Espírito de Deus está conosco para nos fortalecer, até mesmo, quando pensamos que estamos abandonados a nossa própria sorte.

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