Senhor, eu Te dou graças pelas minhas aflições, pois só assim eu voltei para Ti.

terça-feira, 20 de março de 2012

QUANDO SE PERDE A COMUNHÃO COM DEUS

O melhor exemplo para justificar o título deste texto é o Primeiro Livro de Samuel. Este livro histórico que assinala a interrupção da linhagem sacerdotal na Casa de Israel, também nos mostra o início do reinado de Saul até o seu distanciamento de Deus. Como diz o texto: “E perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas.” (28:6) A esta altura Samuel, que era o elo entre Deus e Saul, já estava morto, e o rei não tinha com quem repartir suas agruras. Saul também havia negligenciado o Deus de Israel e agora estava só. Por isso ele recorre a uma feiticeira para buscar respostas imediatas para os seus conflitos.
Muitas vezes nós também perdemos esta comunhão com Deus e ficamos a deriva. E tudo parece começar quando esquecemos o nosso compromisso com Deus, por nos achar autossuficientes, completos, plenos de nós mesmos, inconscientes de nossa vida transitória e efêmera. Queremos tudo. Às vezes até temos tudo. E não somos nada.
Primeiro, ficamos assustados. Perguntamos, e Deus Que não nos responde. Pedimos e até imploramos de joelhos sem sermos atendidos. Nossa oração é oca, vazia de sentimento e de fé. É quando em nosso desespero, buscamos também outros meios como Saul. Mas o preço da resposta é, muitas vezes, caro demais.
Somo enfim igual a alguém que precisa urgentemente de um empréstimo no banco e tem o nome negativado no SPC e Serasa. O gerente não lhe atende. Sua ficha está suja. Os amigos não querem arriscar. Mas o dinheiro emprestado é caso de vida ou morte. Então o sujeito vai procurar o agiota. E aí sim ele conhecerá o preço do dinheiro que lhe foi emprestado. Os juros lhe serão bem mais caros e com esse credor ele não pode falhar. Este nunca lhe perdoará a dívida.
A perda da intimidade com Deus conduz o ser humano a esta orfandade, a uma solidão irreparável, onde nada preenche o vazio de sua presença. Porque Deus é o nosso principal confidente. E é, sobretudo, quando estamos com a cara na lama que precisamos de uma mão para nos ajudar a levantar. Mas lama é lama e ninguém quer se sujar à toa mesmo para ajudar um amigo. O fracasso parece muitas vezes contagioso. E cada um procura seu par levando em conta, primeiramente, os seus interesses pessoais. As relações de interesse exigem reciprocidade. O homem vale pelo que é.
Mas é Jesus quem diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei.”( Mateus 11:28) Este sim não se envergonha de nós. Ele nos recebe do jeito que somos, com todos os nossos defeitos e falhas. E quando, novamente nos sentimos próximos podemos perceber claramente que Ele perdoou todas as nossas dívidas. “(...)de tuas dívidas, não me lembrarei mais”. Esse é Jesus, nosso único intercessor perante Deus. Sem ele, não somos absolutamente nada. Assim como Samuel era para Saul, Jesus é para todos nós, o nosso sacerdote da Nova Aliança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COLOQUE TAMBÉM AS SUAS AFLIÇÕES NAS MÃOS DE JESUS